:: 26/dez/2022 . 12:52

Como ocorreu e ocorre em relação a outras indicações, o governador Rui Costa (PT) e o senador Jaques Wagner (PT) estão envolvidos numa briga de vida e morte pela nomeação do presidente da Embasa.

Wagner defende o nome do engenheiro Leonardo Góes, que já foi secretário de Recursos Hídricos do próprio Rui, mas o governador é frontalmente contra a ideia.

A disputa atrasa, como sempre, a definição do governador eleito Jerônimo Rodrigues (PT), que tem muitas vezes ficado no meio dos dois caciques petistas procurando evitar um confronto aberto entre eles, além de se queimar na briga.

Ontem à tarde surgiu como alternativa para contentar a ambos o nome do ex-secretário de Administração Penitenciária Nestor Duarte Neto, mas não há notícias de que a opção tivesse resolvido o impasse.

Por trás do interesse de Wagner e Rui, está uma empresa que tem um contingente de sete mil funcionários e, óbvio, caixa próprio e muito, mas muito vultoso.

Em Brasília nesta segunda-feira (26), o presidente eleito Lula deve conversar com o deputado Antônio Brito (PSD-BA) e o senador Otto Alencar (PSD-BA) a respeito da participação do PSD no governo.

Até então, o partido terá o senador Carlos Fávaro (PSD-MT) no Ministério da Agricultura, e o senador Alexandre Silveira (PSD-MG), que acaba o mandato agora, deve ser confirmado nas Minas e Energia. O impasse com o PSD diz respeito ao Ministério do Turismo.

O presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, havia delegado a discussão sobre os espaços aos dois parlamentares baianos.

De acordo com o jornal “Folha de S.Paulo”, a bancada do partido na Câmara quer emplacar o deputado Pedro Paulo (PSD-RJ), mas o parlamentar tem sofrido muitas resistências.

Além disso, Lula precisa decidir sobre o Ministério dos Povos Indígenas, que deve ficar com a deputada Sônia Guajajara (PSOL-SP). O da Pesca deve ficar com o PV e o da Previdência, com o PDT.