CALADO | JERÔNIMO NÃO EXPLICA POR QUE GOVERNO DEIXOU DE APLICAR R$ 270 MILHÕES NO COMBATE À FOME
O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), foi questionado, nesta quarta-feira (7), por que o governo deixou de aplicar todo o recurso destinado ao combate à fome no estado.
Em entrevista à imprensa, o petista atacou os adversários e disse apenas que a sua gestão investiu mais recursos no ano passado que os governos anteriores de Rui Costa e Jaques Wagner, ambos do PT.
“Vamos fazer uma avaliação entre o que está no meu programa de governo e o que foi o ano de 2023. Na execução financeira, nós extrapolamos todos, inclusive, os meus antecessores Rui e Wagner no que diz respeito a investimentos. Nós temos uma parceria muito forte com o presidente Lula. E o presidente Lula aportou recursos para o Bolsa Família, por exemplo”, declarou.
Como mostrou a coluna Pombo-Correio, o governo deixou de aplicar no ano passado R$ 270 milhões no combate à fome.
O recurso estava disponível no Fundo de Combate à Pobreza (Funcep).
Segundo o relatório do Transparência Bahia, o fundo arrecadou uma receita de R$ 979 milhões, mas a aplicação ficou em R$ 702 milhões.
O ex-prefeito de Salvador e secretário-geral do União Brasil, ACM Neto, criticou Jerônimo Rodrigues por não investir todo o dinheiro.
“Sabemos que eles falam muito em combater a pobreza, em ajudar os mais pobres, por qual motivo deixaram de gastar mais de R$ 270 milhões que estavam no fundo? A gente constata que dinheiro existe, mas falta competência, faltam bons projetos, falta decisão política de aplicar esses recursos. Aplicar no estado que é campeão nacional em número de pessoas vivendo abaixo da linha da pobreza. Aqui na Bahia cerca de 2 milhões de pessoas vivem ganhando por mês até 200 reais. Isso é uma situação inaceitável”, declarou.
Na entrevista coletiva, Jerônimo Rodrigues também foi questionado sobre o aumento do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), que começou a valer nesta quarta-feira, mas o petista não falou sobre o assunto.
O governador aumentou em 1,5 ponto percentual a alíquota modal do ICMS.