Uma semana depois das dificuldades enfrentadas pelo líder do governo na Assembleia, Rosemberg Pinto (PT), para colocar em votação o projeto de reajuste dos servidores estaduais, a tese predominante na Casa é de que o petista pode ter sido alvo de fogo amigo.

Por esta versão, Rosemberg teria entrado na mira de um determinado núcleo do governo descontente com a condução política do líder no Legislativo e as crescentes farpas que dirige à articulação política do governador Jerônimo Rodrigues (PT), ainda não se sabe bem o motivo.

Para esta turma, a solução para o problema da liderança seria colocar no lugar de Rosemberg um deputado mais afinado com a articulação política jerominista, de preferência o deputado estadual Robinson Almeida (PT), a quem se deseja há algum tempo dar uma oportunidade de representar o Executivo na Assembleia.

A eventual ida de Robinson para a liderança seria também uma forma de compensá-lo pelo fato de ter sido impedido de concorrer à Prefeitura de Salvador em favor do nome do vice-governador Geraldo Jr. (MDB).

De fato, falta a Rosemberg uma qualidade essencial para quem exerce a liderança na Assembleia, qual seja, a capacidade de se comunicar bem com os colegas e até com a imprensa, apesar de o líder não ter vivenciado nos últimos meses nenhum conflito grave com os dois segmentos.

O que não se pode negar é que, apesar das limitações conhecidas e até publicamente criticadas, ele tem se mostrado um líder devotado à função de fazer o meio de campo entre os interesses do governo e dos deputados estaduais, o que não deixa de ser uma missão complexa.

Caso o propósito de substituí-lo se concretize, representará também um duro golpe nos seus planos de disputar a presidência da Assembleia que, diante mão, todos, mas especialmente o PT, sempre consideraram uma meta difícil.

Aliás, parte do desgaste que ele passou a enfrentar no Legislativo e, consequentemente, no próprio governo, pode ser atribuído ao sonho de se tornar presidente que, segundo os mais próximos, teria virado uma verdadeira obsessão.

O fato de tê-lo colocado acima de todos os interesses teria prejudicado sua relação com muitos colegas que hoje poderiam estar ajudando ele a fortalecer-se ante a onda de rejeição que passou a enfrentar em setores do governo. //Política Livre

Compartilhe em suas redes sociais!