RENEGOU O PT MAS NÃO RESISTIU

Após renegar o PT e tentar buscar apoio junto ao agro, a ex-primeira-dama Cida Moura entregou os pontos, sendo obrigada a voltar atrás e fechar acordo com o deputado Rosemberg Pinto (PT), nos termos impostos pelo Líder do Governo da Assembleia Legislativa, para continuar respirando na sua fraca pré-campanha à prefeitura de Itapetinga. Voltou aos braços do petismo, de onde nunca deveria ter saído.

QUERIA UM VICE LIGADO AO AGRO 

Durante o período das filiações, ainda em março, Cida Moura foi induzida por seu genro, o ex-secretário da agricultura Lucas Costa, a não se filiar ao PT e tentar uma improvável aproximação com o pessoal do agro, por razões profissionais e até pessoais, já que presta consultoria aos fazendeiros e pelo fato do deputado Rosemberg ter pedido a sua cabeça do cargo que exercia na governadoria. Já no PSD tomado à força, Lucas peregrinou, de curral em curral, na busca de um nome forte ligado aos fazendeiros, para vice da sogra, mas ninguém topou, pra não pegar o ‘ranço’ da esquerda petista.

ENTREGARAM OS PONTOS E VOLTARAM AOS BRAÇOS DO PT

Sem opção e na iminência de chegar à convenção do próximo sábado sem um nome para vice, Cida e seu genro tiveram que entregar os pontos, na busca desesperada por oxigênio eleitoral e recursos financeiros para a campanha. Rosemberg abriu o suspiro, do jeito que queria, mas saiu com a garantia de apoio à sua reeleição a deputado em 2026.

SOBROU A VICE PARA O BOLSONARISTA JOÃO DE DEUS

Matreiro e experiente, Rosemberg filiou o vereador João de Deus ao PT e o lançou pré-candidato à prefeito, como isca, de olho em um acordo futuro com o grupo de Cida Moura, para afastar a concorrência do prefeito de Iguaí, Rone Moitinho, seu provável concorrente nas eleições de 2026, em Itapetinga e região. Para isto, fez João de Deus acreditar que bancaria sua candidatura até o fim, mas deu o bote na reta final, negociando uma vice pra o ambicioso edil, que sonhava com a ‘cabeça da chapa’, mesmo com números inexpressivos nas pesquisas do próprio governo. Ficou de bom tamanho para quem entrou na disputa de mãos vazias.

TIROU RONE MOITINHO DO AR

De uma só tacada, o deputado petista conseguiu o que queria: tirar o endinheirado Rone Moitinho do seu caminho  em Itapetinga e se livrar do incômodo de ter que apoiar e bancar o fraquíssimo João de Deus para prefeito, arriscando todo o seu capital eleitoral  (5 mil votos) na ‘Capital da Pecuária’. 

REVOLTA DOS PETISTAS E ATÉ DOS APOIADORES DE CIDA

No campo das articulações, a jogada de Rosemberg pode até ter dado certo, mas os desdobramentos apontam em outra direção, com protestos e revolta de figuras influentes da oposição, fazendo sérias críticas ao acordo, que tem tudo para atrapalhar os planos dos pré-candidatos a vereador do PT e PCdoB, e até reforçar o candidato da situação, Eduardo Hagge (MDB), que cresce em ritmo acelerado. 

Como costumam dizer os experientes, “na política, nem sempre 2 + 2 são 4…”

Por Davi Ferraz

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