1 ano atrás o prefeito fez campanha pela ‘economia’ da água, mas não deu exemplo

 

ITAPETINGA: Uma medida extrema e inusitada foi adotada pelo Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Itapetinga – SAAE, na manhã desta quinta-feira: o corte do fornecimento de água para alguns órgãos da administração municipal, em decorrência da falta de pagamentos pela prefeitura.

A medida foi adotada, inicialmente, nas secretarias de Esporte e Meio Ambiente, onde o gasto exagerado e o desperdício de água foi detectado pelo SAAE, principalmente do Estádio Primavera e nos parques e jardins da cidade. Para se ter uma ideia do desperdício nessas secretarias, o consumo do Primaverão ultrapassou o do Loteamento 12 de Dezembro (Brogodó), onde existem 500 unidades habitacionais do programa Minha Casa, Minha Vida. O exagerado consumo do estádio, segundo fonte ligada ao SAAE, já havia sido levado ao conhecimento do secretário de esportes Charles Fabian, que fez ‘ouvido de mercador’ e não adotou nenhuma providência para estancá-lo.

Já na Secretaria do Meio Ambiente, que se encontra acéfala desde que o seu titular passou a acumular a Secretaria do Desenvolvimento Social, o desperdício está relacionado aos pontos de água (torneiras) existentes nas praças e jardins, onde não há nenhuma manutenção desde o início da atual administração, facilitando os vazamentos e utilização da água por particulares, o que gera um gasto excessivo do precioso líquido.

A dívida do município para com o SAAE é antiga e já ultrapassa, em muito, a casa de um milhão de reais, segundo informou um preposto ligado ao SAAE, sendo que a atual administração jamais pagou uma fatura sequer. Lembrou, ainda, que todos os órgãos da administração, inclusive o prédio sede da prefeitura, são abastecidos com a água do SAAE, “gratuitamente”, mas que não haverá cortes nos setores vitais da administração, por enquanto.

A forte medida chega em um momento em a seca assola toda a região e pode também funcionar para abrir os olhos da administração municipal, que sempre utilizou o SAAE como uma verdadeira ‘vaca leiteira’ e ‘cabide de empregos’ para correligionários sem maior serventia na prefeitura.

Por DAVI FERRAZ

 

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