Zenóbio pode ser afastado para ‘limpar a barra’ de Zé Carlos com os eleitores

ITAPETINGA: O cargo de Secretário da Fazenda é, sem sombra de dúvida, o mais importante e mais cobiçado de qualquer administração municipal. Se o secretário de fazenda for competente no desempenho de suas funções, a administração do município tem tudo para dar certo, mas se não o for, o desastre administrativo é certo. Nos parece, que no caso da atual administração municipal em Itapetinga, a segunda hipótese é a que mais se enquadra, diante do caos administrativo que ora se apresenta.

Sob pressão de todos os lados e com rejeição estratosférica nas pesquisas de opinião pública, parece que o prefeito Zé Carlos enfim se convenceu de que não se reelege para mais nada se não ‘rifar’ o seu todo poderoso irmão Zenóbio, que para ele era a chamada ‘mão na roda’, mas que acabou se transformando no maior obstáculo à sua reeleição, e que precisa, urgentemente, ser removido.

Para não aprofundar ainda mais o caos político dentro do seu grupo e não jogar o ‘mano’ aos lobos, ensaia-se uma saída honrosa para Zenóbio e um chega-pra- lá de araque em Israel & Cia., com o poderoso irmão se afastando do cargo para um suposto tratamento de saúde, com estadia prolongada em Belo Horizonte, até que passem as eleições. Se Zé Carlos se reeleger, Zenóbio volta por cima, mas se perder, um abraço e seja o que Deus quiser.

O maior problema dessa articulação que já está em andamento nos bastidores do poder, é saber quem colocar no lugar de Zenóbio. Para isto, já teriam sido sondados alguns funcionários ‘da casa’, como o tesoureiro Jolimar e o contador Alex, que se recusaram em assumir o ‘pepino’, por motivos óbvios. Há quem queira o cargo, não resta dúvida, mas a ordem é não colocar ninguém que comprometa ou que queira dar uma de ‘salvador da pátria’, nesta hora de desespero. Por isto, um  petista ‘histórico’ nem pensar, para não ‘melar’ o esquema.

Assim, a chamada ‘joia da corôa’ deve continuar acéfala e sem rumo, com ou sem o irmão mais velho do prefeito no comando. Quem se candidataria ao cargo?

Por Davi Ferraz