Depois de toda celeuma a respeito da pesquisa encomendada pelo presidente da Assembléia Legislativa, Marcelo Nilo (PDT), aliado do governo Wagner, pouca coisa mudou no quadro eleitoral baiano, frustrando as expectativas dos petistas, que esperavam uma improvável reviravolta no desempenho do candidato Rui Costa. A pesquisa Babesp inovou, adicionando nas perguntas os nomes dos respectivos ‘padrinhos’ de cada candidato, mas o impacto foi bem inferior ao esperado.

Quando os candidatos ao governo baiano aparecem sem a força dos padrinhos políticos, o democrata Paulo Souto vai a 40% e o petista Rui Costa atinge 16%. Lídice da Mata vai a 13%. Marcos Mendes alcança 2%, enquanto Da Luz e Renata Mallet chegam a 1% cada um. Neste cenário na estimulada, votos em branco, nulos e indecisos somam 29%. Como a soma dos adversários é inferior aos 40%, Souto estaria eleito no primeiro turno.

A pesquisa Babesp ainda revela que o universo de eleitores sem voto definido chega a quase 80% a menos de dois meses da eleição na pesquisa espontânea, quando não são apresentados nomes dos candidatos ao eleitor. Nesta modalidade, Souto tem 6,95% das intenções de voto ante 2,25% de Rui Costa e 0,6% de Lídice da Mata. Os demais candidatos têm menos de 1%.

A pesquisa consultou 2.000 eleitores em 84 municípios no período de 5 a 11 de agosto. O levantamento foi encomendado pelo presidente da Assembleia Legislativa baiana, Marcelo Nilo (PDT) e está registrado no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) sob o número BA-00008/2014.

Por Davi Ferraz