SITUAÇÃO NA CABECEIRA DO RIO CATOLÉ É CRÍTICA, RECONHECE A EMBASA
Há anos, vimos denunciando o perigo que correm os municípios de Itapetinga e Caatiba, diante da captação de água do Rio Catolé em Barra do Choça, para abastecer Vitória da conquista e outras cidades. Agora, com a estiagem prolongada em toda a região, é a própria Embasa quem reconhece a precariedade da situação do Catolé, na sua cabeceira. Confira a matéria do Blog do Rodrigo Ferraz:
“CONQUISTA: SITUAÇÃO DAS BARRAGENS E RIO QUE ABASTECEM MUNICÍPIO É CRÍTICA – A falta de chuvas e a consequente redução do volume de água armazenado nas barragens de Água Fria I e II, assim como no rio Catolé, estão levando a Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa) a adotar medidas drásticas numa tentativa de economizar água em Vitória da Conquista.
Atualmente, os reservatórios possuem 2,9 bilhões de litros de água acumulados, o que significa 45% de sua capacidade total de acumulação. Enquanto isso, a adutora do Catolé, que já chegou a ser responsável por 45% da água distribuída na cidade, hoje representa apenas 20% da oferta.
De acordo com a Embasa, em períodos normais, os rios Água Fria, Mono e Catolé disponibilizam, em média, até 50 mil litros de água a cada dia, na área de captação da Embasa. Deste total, são retirados 45 mil para atender ao Sistema Integrado de Abastecimento de Vitória da Conquista. No entanto, devido à forte estiagem e à ação dos irrigantes, os três rios estão ofertando apenas 13 mil litros, ou seja, 32 mil litros abaixo do volume necessário para manter a recuperação diária das barragens.
Com isso os níveis das barragens e a disponibilidade do rio Catolé estão baixando a cada dia, pois o volume de água retirado é maior do que a disponibilidade hídrica dessas bacias hidrográficas, que deveriam ser recarregadas pelas chuvas de janeiro, mas isso não ocorreu este ano pela insuficiência de chuvas.
A disponibilidade hídrica das bacias dos rios Catolé, Água Fria e Monos é monitorada diariamente pela Embasa e pelo Inema, órgão ambiental do Governo do Estado responsável pela gestão e fiscalização da utilização dos recursos hídricos estaduais. Para se ter uma ideia do cenário atual, no período mais drástico de 2012/2013 a barragem perdia, no máximo, 10 mil litros por dia, hoje, perde-se 32 mil”.