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O Supremo Tribunal Federal (STF) enviou para o juiz Sérgio Moro o pedido de abertura de inquérito feito pela Procuradoria-Geral da República (PGR) para investigar o ex-ministro Jaques Wagner, que ocupou a Casa Civil do governo Dilma.

A decisão foi tomada pelo ministro Celso de Mello, que era relator do caso. Ele atendeu ao pedido feito pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, uma vez que o petista não conta mais com o foro privilegiado desde o afastamento de Dilma Rousseff da Presidência e não precisa mais ser investigado com aval do STF.

“Ocorre que Jaques Wagner foi exonerado do cargo que ocupava, não exercendo, no momento, nenhuma função sujeita à jurisdição penal do STF. Deve o feito, portanto, ser submetido ao conhecimento da 13ª Vara da Justiça Federal no Paraná [Moro], inclusive para verificar a conexão entre os fatos aqui narrados e aqueles imbricados no complexo investigativo denominado Operação Lava Jato e para adotar as providências que entender cabíveis sobre os fatos aqui expostos”, escreveu o procurador.

A decisão do ministro não faz referência à linha de investigação requerida pelo procurador-geral para o caso.

Delação – O ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró afirmou em delação premiada que a campanha de Wagner para o governo da Bahia em 2006 recebeu recursos da comercialização de petróleos e derivados no mercado internacional por intermédio do ex-presidente da estatal José Sérgio Gabrielli, amigo do petista.

Ele afirmou que o ex-chefe do Executivo baiano “teve participação decisiva na indicação de Gabrielli para a presidência da Petrobras”. “Ambos integravam a chamada ‘República dos Caranguejos’, ao lado de Marcelo Déda (governador de Sergipe, morto em 2013) e Humberto Costa (senador de Pernambuco)”, todos do PT.

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