Alguma coisa tem que ser feita para priorizar o aprendizado do aluno. 48% dos nossos jovens não terminam o ensino médio e aqueles que estudam em escolas públicas – com raras exceções, não aprendem quase nada. No exame internacional Pisa de avaliação de estudantes entre 15 e 16 anos, o Brasil alcança entre 70 países pesquisados: 59º lugar em Leitura, 63º em Ciências e 66º em Matemática. Nenhum país com renda per capita similar ao Brasil apresenta um resultado tão medíocre.

Em entrevista com o nomeado Secretario de Educação Geraldo Trindade, no Boca do Povo, foram abordados temas que abrangem o setor no município e no âmbito estadual e federal.

No município, mais de 50 professores estão trabalhando em outros órgãos e haverá um decreto convocando todos os funcionários da Educação para se apresentarem. Os concursados que foram chamados de ultima hora por Zé Carlos, serão absorvidos e não haverá contestação judicial.

Os novos professores, de acordo com sua colocação no concurso, escolherão numa lista elaborada pela pasta, o local em que vai ministrar aulas.  Os professores da rede terão prevalência no momento de decidir em qual escola quer ensinar, pois não haverá perseguição política. Haverá um portal que relacionará os funcionários com direito a licença prêmio, quem solicitou e quem está usufruindo, para que haja maior transparência.

Para que não aconteçam greves que infelicitam a população quase todo ano, será tentada uma aproximação com a categoria, através de suas representações. Serão feitas algumas intervenções em escolas que estão em situação precária de funcionamento.

A aprovação na Câmara Federal da reforma do ensino médio deve provocar em todos os brasileiros indignados com a qualidade do ensino em nosso país, uma valiosa chance de passar a limpo um sistema que ignora o aluno, ao não prepará-lo para o mundo do século XXI. Quando confrontado com estudantes de outros países, os nossos jovens não conseguem um resultado decente. Culpa deles?

Por José Elias Ribeiro