A reivindicação da conclusão da Av. Julio José Rodrigues por parte dos moradores das “vilas” é um ato justo. Iniciada na gestão do ex-prefeito Michel (que apenas retirou o velho e irregular recapeamento de asfalto) e herdada pela administração José Carlos, a obra de duplicação da pista se arrasta por três anos.

A Av. Julio José Rodrigues é o principal acesso para industrias como Valedourado, Calçados Azaléia, Serra Verde, e de importância vital para empresas como Carga Pesada, Osmar Freire, Realeza Motos e outras, que precisam da freqüência das pessoas para realizarem seus negócios. Mais importante ainda é o aspecto social envolvido, já que 1/5 da população da nossa cidade convive com poeira e lama.

O que impressiona nesta obra é a falta de transparência na exposição do verdadeiro motivo para a não conclusão da mesma. Vejamos: fala-se que a empresa que ganhou a licitação para realizar a obra não tem cacife suficiente para levá-la até o fim e que dependeria de receber novos recursos para conseguir finalizar a obra; fala-se que o problema está na prestação de contas por parte da Prefeitura de Itapetinga e que por este motivo não é possível continuar recebendo dinheiro público; fala-se que a empresa que realiza a obra não recebeu ainda pela conclusão da drenagem da pista. Fala-se muito e não se explica nada.

Nesta grande confusão quem paga o pato é a parte inocente. Os moradores, comerciantes, trabalhadores, que precisavam transitar pela Av. Julio José Rodrigues três anos atrás, trafegavam em pista de asfalto precário, mas não conviviam com poeira e lama.

Quando se divulgou a duplicação da pista, todos pensaram que os bairros do lado de lá do rio Catolé seriam valorizados e os comerciantes mais freqüentados. A manifestação organizada pela Associação de Moradores das Vilas para protestar contra a lentidão na conclusão da avenida não é um ato político (como alguns querem acreditar) e sim um ato de cidadania além de ser um direito.

Desafio: fique 1 hora parado no ponto de ônibus em frente a Farmácia 24hs respirando a constante poeira provocada pelo trafegar de veículos e você sentirá na pele o que parte da população da cidade vem aturando.

Por JOSÉ ELIAS RIBEIRO

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