Doença de Dilma preocupa PT
Em declarações oficiais, a direção do PT diz que nada muda e que a ministra Dilma Rousseff continua sendo a candidata.
– Temos certeza de que em no máximo quatro meses ela estará prontinha para a campanha – diz o secretário nacional de Organização do PT, Paulo Frateschi.
Em conversas reservadas, porém, o PT admite que o ressurgimento da tese do terceiro mandato consecutivo para o presidente Lula é mais danoso para a candidatura de Dilma do que a doença.
– O que mais nos prejudica é a volta dessa história de terceiro mandato – diz Frateschi.
Para os petistas, a volta das especulações sobre um novo mandato de Lula passam à população a ideia de que nem o PT acredita na vitória de Dilma.
Secretário da Educação pode cair a qualquer momento
ITAPETINGA – Durante todo o dia correram rumores de que o Secretário Municipal de Educação havia entregue o cargo que ocupa desde janeiro, motivado por pressões da cúpula zécarlista que domina as ações na Prefeitura.
Os motivos do iminente afastamento do titular da pasta da educação ainda correm no campo da especulação, porém de uma coisa já se sabe: Alécio não teria resistido às pressões exercidas pelos “afilhados” políticos da primeira dama, que, para surpresa geral, não tem dado a mínima atenção à Secretaria da Ação Social, onde tem uma sala reservada, preferindo se dedicar às causas educacionais.Segundo se comenta, a presença ostensiva do primeira dama na Secretaria de Educação vinha causando desconforto ao Secretário, mas que vem agradando muito aos que querem puxar o tapete de Alécio. Prá variar, já tem muita gente de olho nos R$ 5.900,00 de salário. Fala-se nos meios políticos petistas que o conceituado professor Leandro Martins, do Curso Dinâmico, “é o cara” mais qualificado para ocupar a vaga de Alécio. Se ele não emplacar, outro conquistense deverá ocupar a pasta. Valei-nos Nossa Senhora!
Prefeito Criticado por Correligionário
O Prefeito de Itapetinga Zé Carlos Moura recebeu críticas pesadas do ex-vice José Elias Ribeiro, em programa de rádio local. Comenta-se que José Elias teria afirmado que Zé Carlos passou o comando da prefeitura ao seu irmão Zenóbio Moura, Secretário da Fazenda, e que quem manda mesmo é a sua esposa Cida Moura.
Através de um programa de rádio local, levado ao ar nesta segunda-feira, o comentarista José Elias Ribeiro, que já foi vice-prefeito, fez duras críticas ao prefeito Zé Carlos Moura, dizendo que a administração do município está sem rumo e que o comando das ações na prefeitura municipal está nas mãos do Secretário da Fazenda Zénóbio, irmão (ou primo?) do prefeito, e da primeira dama Cida.
José Elias, que nas eleições passadas bandeou de última hora para o lado petista, deixando a ver navios o seu candidato Renan Pereira, vem se mostrando insatisfeito com a “falta de atitude”, por assim dizer, do atual prefeito. Trata-se, evidentemente, de uma grande perda para o grupo “petêfelista”, que, na hora do sufoco, pôde contar com substancial “reforço” concedido pelo pai de José Elias, o conhecido fazendeiro Zeza Ribeiro.
Para quem já conhece a passividade do prefeito, nada disto é novidade e, como se costuma dizer popularmente, “essa pedra já foi cantada”. Entretanto há um fato a ser esclarecido nisto tudo: Todos se referem ao secretário da Fazenda como irmão do Prefeito. Afinal, Zenóbio ainda é irmão de Zé Carlos ou virou primo? Parece que na atual administração o pessoal tem jeito prá tudo. Por uma coisa ou por outra é salutar ficar de olhos bem abertos para a Lei do Nepotismo. Vai que alguém mexe…
Estado terá novo surto de de dengue no próximo ano
A ocorrência de grandes quantidades de casos de dengue não ficará na lembrança quando o ano de 2009 acabar. O secretário de Saúde do estado, Jorge Solla, disse que a epidemia de dengue na Bahia irá se repetir no próximo ano. “Este ano, aBahia teve uma concentração grande na região sul (Itabuna, Ilhéus Jequié, Porto Seguro) e no próximo ano, as outras áreas do estado deverão passar pela mesma situação”, anunciou.
O secretário explica ainda que o estadovive, há 15 anos, uma epidemia da doença e nesse tipo de situação infecciosa é natural que aconteça uma distribuição da incidência. “Estamos vivendo o terceiro ciclo epidêmico na Bahia. Nesse estágio da doença, é normal que de tempos em tempos se tenha surtos periódicos de casos registrados, como acontece em 2009 e haverá em 2010”, sentenciou Solla.
Segundo o secretário, a maior epidemia vivida pelos baianos foi em 2002, quando foram registrados 87.237 casos, a maioria pelos tipos 1 e 3 da doença. “A outra situação foi em 1996, quando foram notificados 61.435 casos, a maioria pelo tipo 2 da doença”, disse Solla. De acordo com ele, de todas as doenças infecciosas, a única que teve crescimento na Bahia este ano, comparado com os anos anteriores foi a dengue.
Solla explicou ainda que as pessoas que foram atingidas na epidemia anterior se tornam imunes, mas portadoras do vírus. Uma vez picados pelo mosquito, eles passam o vírus para o inseto, que retransmite a doença para pessoas suceptíveis [que ainda não têem imunidade para o vírus]. Isso explica a grande contaminação de crianças na epidemia deste ano. Dessa forma, a população de uma área extremamente infectada em um ano, comoItabuna, não será afetada no ano seguinte.
Ações de controle
Em 2008, no Brasil, houve epidemia marcante de dengue no Rio de Janeiro, Sergipe e Mato Grosso do Sul. Este ano, o sul da Bahia,oEspírito Santo e Minas Gerais estão sendo atingidos. “Quem escapa dessa epidemia em um ano é um forte candidato para o próximo ano. Como a Bahia não foi igualmente atingida pelos casos, a probabilidade do novo surto é existente”, acrescentou o secretário.
Apesar do risco da continuidade da epidemia, o secretário garante que a situação pode ser evitada. “Depende das ações de controle e da conscientização das pessoas e dos municípios. Só se elimina os casos quando há erradicação dos focos, principalmente dentrodosdomicílios”,explica.
No ano passado, 50% dos municípios não completaram as ações de combate à doença determinadas pelo governo federal e isso foi refletido no crescimento de casos este ano”, concluiu, lembrando que as cidades com a saúde descentralizada são responsáveis pelo controle.
Quase 40% das amostras são nulas
Dos 109 óbitos suspeitos notificados na Bahia no primeiro quadrimestre do ano, 49 foram confirmados por exames realizados no Laboratório Central Gonçalo Moniz. Porém, dos 60 restantes, em alguns casos, a causa da morte nunca será conhecida. O representante da secretaria informa que dois fatores contribuem para que esses casosnão sejam investigados. “Pode haver falha na manipulação da coleta e também no transporte do material coletado, o que invalida a análise”, explica.
Apenas 61,7%das amostras enviadas para isolamento viral, que identifica a presença do vírus da dengue, foram adequadas para a realização doexame.“Ocuidadotemque ser mais intenso porque a amostra acaba sendo descartada. Sempre vai ter uma certa quantidade de casos pendentes. Isso é natural dentro do processo de investigação epidemiológica”, destacou Solla.
Todo caso suspeito de dengue deve ser notificado, mas nem todo caso notificado tem análise laboratorial, segundo informações do secretário. “A dengue éumadoença tão presente nesse momento de epidemia que não justifica você fazer a confirmação laboratorial de todos os casos, como nos casos brandos”.
(Notícia publicada na edição impressa de 15/05/2009 do CORREIO)